Fashion No Forward Rio

Foi inútil a esperança. Quase todos os desfiles do Fashion Rio seguiram a mesa tendência a mesma proporção e o mesmo tema. Os anos setenta sem nenhum pensamento, pelo menos é o que eu parece, ficaram em roupas datadas, ou melhor pareciam que tinham saído de um brechó. Muitos macacões e ainda, ainda comprimentos mini. Tessuti abre o seu desfile com um vestido até no joelho um e bolero-cardiga encantador em Bruna Tenório, mas alem dos longos em pink, preto e azul apresentados no final do desfile, a coleção foi uma mera interpretação do que esta acontecendo no verão europeu. Colcci não sei como agradou os convidados, nada novo, com os shapes sem graças como sempre, talvez seja a presença de Gisele que escondeu o boring da coleção. Santa Ephigênia, os vestidos meio Dior e um pouco desproporcionais pelo exagero, foram sim um show com a encantadora trilha sonora, a estampa em enormes flores e os vestidos longos foram uma nostalgia à marca, The show must go on...
Redley também foi feliz em sua coleção com forte apelo militar e para o masculino, que pelo mesmo nesta marca deixa de ser o “primo pobre”, e muito grafismo em suas roupas, um forward surfwear. Alessa não deixa a sua identidade por nada, mesmo com vestidos um pouco sem graça, o apelo divertido da coleção reforça a sua mulher camaleão.Os novos talentos, nada de novo, apenas Yamamoto que apresentou um desfile muito interessante, apesar de shapes curtos, vestidos bem confeccionados e interessantes com cores escuras e cortes inteligentes.
Fashion Rio não ofereceu nada de novo, nenhum novo tecido e com coleções cada vez mais voltadas para o publico jovem que parece ser sinônimo de loucura e no thought fashion, anyway ainda guardamos um pouco da nossa esperança para maior evento da América Latina...

fotos: erika palomino.com.br