quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Franca, a fente


Como está escrito em meu profile, eu nasci em uma cidade interiorana do estado de São Paulo chamada Franca mais conhecida como: “A CIDADE DO SAPATO”. Quase todos os empreendimentos dependem economicamente da performance das fabricas de sapato, que alias é um dos únicos lugares do mundo prejudicado pela desvalorização do Dólar. Sinceramente, não é gratificante o desempenho dessas industrias em inovações de design e materiais. É claro que é acreditado que todos os lançamentos que estão nas vitrines são o melhor desempenho em criação que tiveram. Acredite, não é. Todas as fabricas, na verdade as grandes fabricas, ainda há pequenas que abrem e fecham em questão de meses, o que é preocupante para a própria cidade dependente de uma única fonte e renda; as “ grandes” vão duas vezes a ano para a Europa em busca de “inspiração”, o problema é o conceito que se tem desta que está entre aspas. Inspiração não é malas na volta abarrotadas de sapatos Prada, Ferragamo, Gucci e milhares de revistas de moda internacionais em busca de “copiação”. Os sapatos quando chegam nas fabricas são desmontados para descobrirem como é feita a costura, os detalhes, em si a própria produção deste. Não se tem a idéia de que podemos construir a nossa própria identidade, marcas com grandes nomes que tem um ponto de vista; todas as marcas internacionais tiveram um começo para serem o que são hoje, é claro que onde estão situados também é mais favorável, mas tiveram um começo. As fabricas não sabem para qual caminho vão: a produção de produtos em larga escala e baixa qualidade para competir com o mercado chinês ou a produção de um produto melhor para competir internacionalmente. O dilema ainda está em questão, mas há um mercado que procura qualidade, mas não sapatos que mais parecem terem surgido de um pesadelo; a união industrial francana poderá trazer um benefício a longo prazo para nossa cidade e nosso pais, se deixarmos de pensar que qualidade e bom gosto vêem do outro lado do oceano.

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